sábado, 29 de agosto de 2015

Estado retomará processo de regularização de terras no Vale do Jequitinhonha

Secretaria de Desenvolvimento Agrário realizará audiência pública para debater mutirão de recadastramento de cerca de 1.100 famílias da zona rural de Chapada do Norte

Para reforçar o compromisso do Governo de Minas Gerais com a questão do acesso às terras devolutas no meio rural, será realizada na próxima sexta-feira (4/9), a partir das 9h, na Câmara Municipal de Chapada do Norte, audiência pública para debater a retomada do programa estadual de regularização fundiária no município e região.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Glenio Martins, fará a apresentação da proposta de trabalho para o mutirão de recadastramento de mais de 1.100 famílias de trabalhadores rurais que demandam por um título de terras devolutas – terrenos públicos que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupados.
Martins destaca que o contingente é parte dos 16 mil processos que se encontravam parados no Estado e que, a partir da criação da secretaria, começaram a ser reanalisados. Em Chapada do Norte, o trabalho de recadastramento será feito em parceria com técnicos da Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
“Nossa missão é reduzir a demanda de 50 mil cadastros de posseiros por regularização fundiária no Estado. Desde 2011 que praticamente não fazemos a titulação de terras rurais devolutas. Estamos retomando esse processo com os mutirões. O primeiro foi em Frei Gaspar, no Vale do Mucuri, e agora vamos realizar o mutirão em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha”, explica Glenio Martins.
Documentação
Com o apoio da prefeitura e da Câmara Municipal de Chapada do Norte, o recadastramento será feito após o feriado de 7 de setembro.
Os posseiros interessados deverão comparecer ao local que for disponibilizado pelo município para o recadastramento, munidos dos documentos pessoais (carteira de identidade, CPF e certidões de nascimento ou casamento) e dos documentos que comprovem a posse (declaração de STTR, Emater, CMDRS e prefeitura; contratos de particulares que versem sobre cessão ou transferência, a qualquer título, do imóvel rural; conta de luz; CCIR; ITR; CAR; cartão de produtor rural - Inscrição Estadual; cadastro perante o IMA, IEF, Igam etc.; recibos ou notas fiscais relativos a insumos utilizados na propriedade; recibos ou notas ficais relativos negociação de bens ou produtos agrícolas ou animais, dentre outros).



BNDES projeta alta em investimento em infraestrutura até 2018

Banco porém prevê queda de 15,8% nos dispêndios do setor industrial.
Perspectiva de investimento da área de Petróleo e Gás caiu 12,2%.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta sexta-feira (28) que projeta um crescimento de 20% nos investimentos em infraestrutura no país até 2018, mas uma queda de 15,8% nos dispêndios do setor industrial no mesmo período.
Segundo pesquisa do banco de fomento, a área de infraestrutura vai receber investimentos de R$ 578,9 bilhões entre 2015 e 2018 enquanto a indústria vai ver uma queda nos investimentos para R$ 612,3 bilhões.
Setores
A décima edição da pesquisa do banco sobre perspectivas do investimento para a economia brasileira afirma que os setores de Papel e Celulose, Eletrônicos, Complexo Industrial da Saúde e Aeroespacial/Defesa serão os únicos entre 12 industriais que apresentam expectativas de crescimento dos investimentos.
O setor de Petróleo e Gás, que apresentava acentuado crescimento até recentemente, "ainda está se ajustando à nova realidade da Petrobras, com reflexos em toda a cadeia produtiva", afirmou o BNDES em comunicado à imprensa.
A perspectiva de investimento da área de Petróleo e Gás é de R$ 323,4 bilhões de 2015 a 2018, uma queda de 12,2% na comparação com os anos de 2010 a 2013.
Os setores de Siderurgia e Mineração apresentam também diminuição no volume de investimentos domésticos, acompanhando tendência global, em especial no setor siderúrgico, afirma o banco. Outro setor com retração é o Sucroenergético, cujos investimentos se concentram na manutenção da capacidade produtiva.

Alta dos juros nos EUA pode ajudar Brasil, diz professor de Stanford

Darrell Duffie disse que decisão do Fed pode favorecer exportações do país.
Acadêmico destacou ainda que mercado de ações na China é imprevisível.


O professor de finanças da Universidade de Stanford, Darrell Duffie, afirmou que a alta dos juros nos EUA pode beneficiar o Brasil, e disse ser muito difícil prever o que vai acontecer com as ações chinesas após o forte tombo na semana, por tratar-se de um mercado bastante “complexo” e “pouco transparente”.
As afirmação foram feitas em entrevista concedida  durante o 7º Congresso de Mercados Financeiros da BM&FBovespa em Campos de Jordão, no interior paulista, na sexta-feira (28).

“O governo chinês tem um grande poder de controlar o mercado, como já tem feito, com a desvalorização do iuan [moeda chinesa]. Então, [o futuro das bolsas chinesas] não é algo que podemos prever baseados somente no comportamento dos investidores”, afirmou o professor.

No início da semana, os principais índices de ações da China despencaram, derrubando os mercados do mundo todo e gerando preocupações sobre uma possível desaceleração da economia do país asiático. Entenda o que está acontecendo com a China.
A Bovespa, principal índice paulista, chegou a cair mais de 6,5% na segunda-feira, mas retomou o fôlego no fim da semana.
Juros maiores nos EUA podem beneficiar exportações
Para o professor, a provável elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, aguardada até o fim deste ano, apesar de prejudicar mercados emergentes como o Brasil devido a uma fuga de recursos dos investidores, por outro lado, pode beneficiar as exportações brasileiras.
O Federal Reserve (banco central norte-americano) anunciou que pode elevar as taxas de juros, mantidas próximas a zero, até o fim deste ano. A mudança era esperada para setembro, mas o órgão disse que isso vai depender "das condições do mercado", de olho na turbulência causada pela China.
Quando isso acontecer, espera-se uma migração de recursos de economias periféricas para os EUA, considerado um dos mercados mais seguros do mundo para se investir.
“Há alguns benefícios, porque se a economia dos EUA é um motor de crescimento global e a alta dos juros indica que ela está melhorando, então haverá maior demanda por produtos manufaturados de países como o Brasil, que terá preços atrativos de seus produtos e poderá vender mais para essas economias”, afirmou Duffie.
Na opinião de Duffy, embora a alta dos juros possa causar volatilidade nos mercados emergentes, ele acredita que a oscilação é positiva para equilibrar o mercado. “Quando as ações começam a subir e descer, os investidores tem mais motivos para negociar. Mais investidores negociando, mais equilíbrio em suas posições. Quando o volume de negócios aumenta, o mercado fica mais competitivo e esse equilíbrio melhora”, diz o professor.
País em recessão
Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,9% no segundo trimestre de 2015 ante os três meses anteriores, e a economia brasileira entrou no que os economistas chamam de "recessão técnica", que acontece quando o PIB encolhe por dois trimestres seguidos. No primeiro trimestre do ano, o PIB caiu 0,7% (dado revisado).





Confira as vagas de emprego do Sine Macapá para o dia 31 de agosto

Número de vagas está disponível de acordo com as empresas cadastradas.
Há vagas para manicure, cabeleireiro, mecânico de automóveis e manicure.

O Serviço Nacional de Empregos no Amapá(Sine/AP) oferece vagas de empregos para Macapá. O número de vagas está disponível de acordo com as empresas cadastradas no Sine e são para todos os níveis de escolaridade e experiência.
Os interessados podem procurar o Sine/AP, localizado na Rua General Rondon, nº 2350, na praça Floriano Peixoto, ou pedir informações pelo telefone: (96) 3212-9161. Toda a rede Super Fácil tem guichês do Sine e neles é possível obter informações sobre vagas em Macapá.
Para se cadastrar e atualizar os dados, o trabalhador deverá apresentar Carteira de Trabalho, RG, CPF e comprovante de residência (atualizado).
Veja o número de vagas de acordo com a solicitação das empresas:
Macapá
• Cabeleireiro - 3 vagas• Instalador de som e acessórios de veículos - 2 vagas• Manicure - 2 vagas• Mecânico de automóveis e caminhões - 1 vaga• Mecânico eletricista de automóvel- 1 vaga• Trabalhador rural - 1 vaga• Vendedor pracista - 9 vagas



Médicos abstêm-se de plantões e governo faz pressão, diz sindicato

Médicos do AP prometem abster-se na escala dos plantões de setembro.
Governo diz que não foi informado sobre decisão dos médicos.

O Sindicato dos Médicos do Amapá (Sindmed) emitiu uma nota de repúdio na qual afirma que os profissionais estão sendo pressionados pelo governo do estado a suspender a abstenção anunciada para a escala dos plantões médicos no mês de setembro. De acordo com o documento, médicos estariam sendo vítimas de assédio moral.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a instituição não foi oficialmente informada sobre a suspensão dos plantões médicos.
A abstenção na escala dos plantões médicos no mês de setembro é resultado de um protesto da categoria, que cobra a contratação de mais profissionais, e a elaboração de um plano de carreira específico, o que seria um atrativo, segundo eles, para médicos especialistas atenderem a Macapá e interior do estado.

Segundo a presidente do Sindmed, Helen Melo, a decisão sobre a suspensão de plantões médicos atinge profissionais da Maternidade Mãe Luzia, em Macapá, e do Hospital Estadual de Santana, no município de mesmo nome. Ela afirma que o governo foi informado sobre a medida.
“Em um dos hospitais, o diretor levou para a Secretaria de Saúde a escala do mês de setembro, mas sem o consentimento dos médicos, que, inclusive, fizeram um documento informando que estariam se abstendo dos plantões. Está havendo essa pressão, para que a categoria descumpra o que foi acordado em assembleia. Mas isso foi avisado para o governo há 30 dias”, afirmou Helen.
Na nota, o sindicato diz que gestores das unidades hospitalares estariam “utilizando-se de sua posição hierárquica para constranger os médicos, obrigando-os a entregar escalas de plantão”.
A presidente diz que a paralisação dos plantões da categoria serve como protesto para o fato de o governo não receber o sindicato para negociações em relação às reivindicações trabalhistas, e por melhores condições de trabalho nas unidades.
Segundo o sindicato, a paralisação inicia na terça-feira, (1º) em diversos setores de saúde, como na UTI neonatal das maternidade de Macapá e Santana, Pronto Atendimento Infantil (PAI), Unacom, clínica médica e cardiologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hcal), na capital.
“A tendência é que a suspensão nos plantões permaneça nos próximos meses, se a secretaria não tomar uma posição. É inaceitável que o governo se negue a dialogar com a categoria, que pede um direito de trabalho”, enfatizou a presidente do Sindmed.

No AP, família de bebê cardiopata faz bingo para auxiliar no tratamento

Intenção é arrecadar dinheiro para ajudar pais e a criança em outro estado.
Governo diz que depende de leito para transferir bebê cardiopata.


A família do bebê Henrique Katriel, de 14 dias de vida, decidiu fazer um bingo para arrecadar dinheiro para ajudar com as despesas dos pais da criança em outro estado, caso o recém-nascido consiga ser transferido para um centro especializado em cardiologia. Diagnosticado com cardiopatia, Katriel precisa viajar para fazer cirurgia no coração. O governo do Amapá diz que aguarda a liberação de um leito para transferir o bebê.
De acordo com o pai, o autônomo Jhon Souto, de 24 anos, a intenção é se precaver em caso de atraso do benefício do Programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD).
"O médico disse que se a gente viajar, a previsão é passar cerca de meses fora [do Amapá]. Então, a gente decidiu promover o bingo com a ajuda da família e amigos para auxiliar no tratamento do meu filho", disse o pai.
O bingo será a partir das 12h de domingo (30), no bairro Novo Horizonte, na Zona Norte de Macapá. As cartelas, segundo o pai, são comercializadas a R$ 5.
Caso
O bebê Henrique Katriel nasceu no dia 15 de agosto. Diagnosticado com cardiopatia, o recém-nascido precisa ser levado com urgência, segundo o pai, para um centro médico especializado em outro estado, por causa do risco de morte. Familiares e amigos dos pais do bebê iniciaram uma campanha nas redes sociais e fizeram um ato para chamar a atenção do governo para a causa.
A Secretaria de Estado da Saúde informou na terça-feira (25) que a viagem estava marcada para a manhã de quinta-feira (27) com a cirurgia agendada para a tarde do mesmo dia. O deslocamento não no entanto,ocorreu.A transferência do bebê amapaense para cirurgia e tratamento cardíaco em outro estado não tem previsão para acontecer, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, que apontou falta de leitos disponíveis para o bebê como a principal causa da suspensão da viagem a Recife, que aconteceria na quinta-feira.


Berlim desiste de devolver sírios para países de entrada na União Europeia

Angela Merkel pede distribuição mais justa do acolhimento de refugiados.
Em sete meses, 340 mil imigrantes chegaram às fronteiras europeias.



A Alemanha confirmou ter suspendido a devolução de solicitantes de asilo ao seu primeiro porto de entrada na União Europeia, um "ato de solidariedade" elogiado pela Comissão, enquanto milhares de migrantes continuam a chegar na fronteira húngara.A decisão alemã, anunciada nesta terça-feira (25), mas que tem sido aplicada silenciosamente há tempos, "é o único caso que conhecemos entre os Estados-membros", declarou a porta-voz da Comissão Europeia, Natasha Bertauds.
"Para a Comissão Europeia é um reconhecimento do fato de que não podemos deixar os Estados-membros, situados nas fronteiras externas, sozinhos frente a um grande número de solicitantes de asilo que buscam refúgio na Europa", continuou Bertaud.
"A Europa está em uma situação que não é digna da Europa, precisamos deixar isso claro", declarou, por sua vez, a chanceler alemã, Angela Merkel, pedindo, durante um "diálogo com os cidadãos", uma distribuição mais justa do acolhimento de refugiados na União Europeia.
Após a passagem recorde de 2.100 pessoas na Hungria apenas na segunda-feira, centenas de refugiados continuavam a chegar nesta terça à fronteira sérvio-húngara, poucos dias antes da esperada conclusão, em 31 de agosto, da construção de uma cerca de metal que deve fechar este acesso à UE.
Esses migrantes, que usam a "rota dos Bálcãs", cruzaram a fronteira perto do vilarejo húngaro de Röszke, uma das únicas partes da fronteira com a Sérvia que ainda não está fechada.
Sua jornada foi bloqueada na semana passada quando a Macedônia fechou sua fronteira por três dias, empurrando os migrantes a golpes de cassetetes.
"Ficamos bloqueados na Macedônia por dois dias. Os confrontos eram terríveis, a polícia recorreu às armas e ao gás lacrimogêneo", afirmou um engenheiro iraquiano de 29 anos que fugiu da cidade de Mossul para escapar dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
'Esgotados e traumatizados'
No norte da Sérvia, mais de vinte micro-ônibus cheios de refugiados chegaram à noite em Subotica, antes de continuar sua viagem a pé para a Hungria, de acordo com um correspondente da AFP no local.
No sul do país, o centro de acolhimento de Presevo registrou a chegada de cerca de mil pessoas ao meio-dia, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que já havia registrado mais de 700 na parte da manhã.
E de 600 a 700 migrantes esperavam para poder passar da Grécia para a Macedônia.
Apesar de estar sendo poupada desta crise migratória, a Bulgária anunciou ter enviado militares para reforçar seus quatro postos de fronteira com a Macedônia.
E a Áustria decidiu implantar 500 soldados para ajudar as autoridades a gerir o grande fluxo de migrantes provenientes da Hungria e da Itália, anunciou nesta terça-feira o ministro da Defesa da Áustria.
Em Genebra, a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming, indicou que "a situação se acalmou após o caos da semana passada" na fronteira greco-macedônia, mas disse esperar que o número de migrantes passe de 1.500 a 3 mil por dia neste setor.
Segundo ela, "muitos vêm de países afetados pela violência e o conflito, como a Síria e o Afeganistão" e chegam "esgotados, traumatizados".
Entre janeiro e junho, cerca de 102 mil migrantes entraram na UE pela Macedônia, Sérvia, Bósnia e Herzegovina, Albânia, Montenegro e Kosovo, contra 8 mil no mesmo período do ano passado, de acordo com o agência Frontex, responsável pelas fronteiras externas do espaço Schengen.
Plano de ação
No total, de acordo com a Frontex, nos primeiros sete meses do ano, o número de migrantes nas fronteiras da UE atingiu 340 mil contra 123.500 no mesmo período de 2014.
Apenas na última semana, cerca de 5.300 pessoas, provenientes principalmente da África Subsaariana, foram resgatadas no Mediterrâneo como parte das dezenas de operações de resgate realizadas pela Marinha italiana ou a missão europeia Triton.
Confrontado com esta crise excepcional, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, defenderam na segunda-feira uma resposta "unificada" da UE à crise.
Na cúpula de países dos Bálcãs Ocidentais programada para a quinta-feira em Viena, a Áustria deve propor um plano de ação em cinco pontos, que prevê intensificar a luta contra as redes de traficantes, uma distribuição "mais justa" dos refugiados entre os países da UE, uma cooperação de segurança reforçada, a assistência aos países de origem dos migrantes e "uma estratégia de asilo em nível europeu".
Mas o relator especial da ONU sobre os direitos dos migrantes, François Crépeau, considerou que a UE deve desenvolver uma política de acolhimento dos migrantes "coerente e global", respeitando os direitos humanos.
"A construção de barreiras, o uso de gás lacrimogêneo e outras formas de violência contra os migrantes e outros requerentes de asilo, a detenção (...) não impede que os migrantes entrem ou tentem chegar à Europa", disse ele.