domingo, 26 de julho de 2015

Obama defende direitos dos homossexuais no Quênia

Presidente dos EUA quebrou o protocolo na visita ao país. No Quênia, a homossexualidade é considerada crime e pode dar 14 anos de prisão.

O presidente americano, Barack Obama, faz uma visita histórica ao Quênia - a terra do pai dele. O presidente Obama tocou num assunto delicado no Quênia: os direitos dos homossexuais.
Obama criou uma tremenda saia justa para o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta. Os dois deram uma entrevista coletiva. E o presidente americano surpreendeu. Quebrou um tabu. Ele defendeu abertamente os direitos dos homossexuais, em um país onde a homossexualidade é crime e pode dar 14 anos de cadeia.
Obama comparou a homofobia à discriminação racial, da qual ele foi alvo como negro nos Estados Unidos. Mas Kenyatta não se deu por vencido. Peitou Obama. Disse que para a sociedade do Quênia esse assunto, os direitos dos gays, não existe. E foi aplaudido pelos jornalistas quenianos. Um caso clássico de choque cultural.
O Quênia tem um alto índice de corrupção. Na lista da organização Transparência Internacional, o Quênia está entre os 30 países onde as autoridades mais metem a mão no dinheiro público. Obama disse que a corrupção é o principal obstáculo ao crescimento econômico do Quênia. Mas ele elogiou o presidente Kenyatta por ter feito do combate à corrupção a prioridade número um do seu governo.
No mais, Obama está visivelmente feliz. É a quarta vez que ele vai ao Quênia, terra do pai dele, mas a primeira como presidente. Na sexta-feira (24), ele jantou com a família do pai. Neste sábado foi aclamado nas ruas.
À noite, no jantar oficial do palácio do governo, Obama fez piada: ele disse que foi ao Quênia procurar a certidão de nascimento. Alguns adversários dele dizem que Obama nasceu no Quênia e que, por isso, não poderia ser presidente dos Estados Unidos.

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