segunda-feira, 27 de julho de 2015

Servidores estaduais da Educação paralisam atividades em Juiz de Fora

Funcionários em greve são da Superintendência Regional de Educação.
Governo informou que dialoga com trabalhadores.

Os servidores de cargos técnicos e analistas da Superintendência Regional de Educação (SRE) em Juiz de Fora entraram em greve nesta segunda-feira (27). Eles reivindicam a correção da diferença salarial entre funções no setor. Os funcionários ficarão parados até 18 de agosto, mesmo mês em que as aulas retornam.
A Secretaria de Estado da Educação informou que permanece em diálogo com os trabalhadores.
Nesta manhã, eles fizeram um protesto em frente ao edifício onde funciona a SRE, no Centro. De acordo com a servidora Lucy Ângela Teixeira Crivellari, integrante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), a Superintendência em Juiz de Fora tem cerca de 80 funcionários. Tirando os cargos comissionados, ela estima a adesão de técnicos e analistas entre 90% e 95%.
A insatisfação da categoria foi tema de um protesto dos servidores durante a visita do governador Fernando Pimentel a Juiz de Fora no dia 17 de julho. “É um alerta, porque a gente está tentando negociar desde maio com o governo. No entanto, o Estado não quer discutir agora, só no ano que vem. Por isso a gente decidiu pela paralisação”, explicou.
A servidora explicou que há uma distorção na tabela das carreiras de técnicos e de analistas desde 2011. "Houve uma distância de remuneração muito grande. Desde então, a gente luta para diminuir a distância. No entanto, o governador considera que a concessão do aumento de 31% escalonado nos próximos anos resolveria a pauta, o que não satisfaz a nossa categoria”, comentou.
Na agenda da categoria está prevista uma negociação com o governo no dia 4 de agosto. “Dependendo do que for proposto, podemos reavaliar a manutenção da paralisação”, afirmou.
Demandas em discussão
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que as demandas dos servidores estão sendo discutidas. Explicou que todas as carreiras da Educação foram contempladas com aumento de 31,78%, a ser pago em dois anos. Esse índice foi concedido para garantir o pagamento do Piso Salarial Nacional Profissional ao professor.
De acordo com a SEE, o Piso Salarial é uma garantia exclusiva para as carreiras do Magistério (professor, especialista e inspetor), mas os reajustes salariais foram estendidos a todos os trabalhadores da Educação, incluindo os servidores das Superintendências Regionais de Ensino.

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