sábado, 29 de agosto de 2015

Estado retomará processo de regularização de terras no Vale do Jequitinhonha

Secretaria de Desenvolvimento Agrário realizará audiência pública para debater mutirão de recadastramento de cerca de 1.100 famílias da zona rural de Chapada do Norte

Para reforçar o compromisso do Governo de Minas Gerais com a questão do acesso às terras devolutas no meio rural, será realizada na próxima sexta-feira (4/9), a partir das 9h, na Câmara Municipal de Chapada do Norte, audiência pública para debater a retomada do programa estadual de regularização fundiária no município e região.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Glenio Martins, fará a apresentação da proposta de trabalho para o mutirão de recadastramento de mais de 1.100 famílias de trabalhadores rurais que demandam por um título de terras devolutas – terrenos públicos que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupados.
Martins destaca que o contingente é parte dos 16 mil processos que se encontravam parados no Estado e que, a partir da criação da secretaria, começaram a ser reanalisados. Em Chapada do Norte, o trabalho de recadastramento será feito em parceria com técnicos da Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
“Nossa missão é reduzir a demanda de 50 mil cadastros de posseiros por regularização fundiária no Estado. Desde 2011 que praticamente não fazemos a titulação de terras rurais devolutas. Estamos retomando esse processo com os mutirões. O primeiro foi em Frei Gaspar, no Vale do Mucuri, e agora vamos realizar o mutirão em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha”, explica Glenio Martins.
Documentação
Com o apoio da prefeitura e da Câmara Municipal de Chapada do Norte, o recadastramento será feito após o feriado de 7 de setembro.
Os posseiros interessados deverão comparecer ao local que for disponibilizado pelo município para o recadastramento, munidos dos documentos pessoais (carteira de identidade, CPF e certidões de nascimento ou casamento) e dos documentos que comprovem a posse (declaração de STTR, Emater, CMDRS e prefeitura; contratos de particulares que versem sobre cessão ou transferência, a qualquer título, do imóvel rural; conta de luz; CCIR; ITR; CAR; cartão de produtor rural - Inscrição Estadual; cadastro perante o IMA, IEF, Igam etc.; recibos ou notas fiscais relativos a insumos utilizados na propriedade; recibos ou notas ficais relativos negociação de bens ou produtos agrícolas ou animais, dentre outros).



BNDES projeta alta em investimento em infraestrutura até 2018

Banco porém prevê queda de 15,8% nos dispêndios do setor industrial.
Perspectiva de investimento da área de Petróleo e Gás caiu 12,2%.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta sexta-feira (28) que projeta um crescimento de 20% nos investimentos em infraestrutura no país até 2018, mas uma queda de 15,8% nos dispêndios do setor industrial no mesmo período.
Segundo pesquisa do banco de fomento, a área de infraestrutura vai receber investimentos de R$ 578,9 bilhões entre 2015 e 2018 enquanto a indústria vai ver uma queda nos investimentos para R$ 612,3 bilhões.
Setores
A décima edição da pesquisa do banco sobre perspectivas do investimento para a economia brasileira afirma que os setores de Papel e Celulose, Eletrônicos, Complexo Industrial da Saúde e Aeroespacial/Defesa serão os únicos entre 12 industriais que apresentam expectativas de crescimento dos investimentos.
O setor de Petróleo e Gás, que apresentava acentuado crescimento até recentemente, "ainda está se ajustando à nova realidade da Petrobras, com reflexos em toda a cadeia produtiva", afirmou o BNDES em comunicado à imprensa.
A perspectiva de investimento da área de Petróleo e Gás é de R$ 323,4 bilhões de 2015 a 2018, uma queda de 12,2% na comparação com os anos de 2010 a 2013.
Os setores de Siderurgia e Mineração apresentam também diminuição no volume de investimentos domésticos, acompanhando tendência global, em especial no setor siderúrgico, afirma o banco. Outro setor com retração é o Sucroenergético, cujos investimentos se concentram na manutenção da capacidade produtiva.

Alta dos juros nos EUA pode ajudar Brasil, diz professor de Stanford

Darrell Duffie disse que decisão do Fed pode favorecer exportações do país.
Acadêmico destacou ainda que mercado de ações na China é imprevisível.


O professor de finanças da Universidade de Stanford, Darrell Duffie, afirmou que a alta dos juros nos EUA pode beneficiar o Brasil, e disse ser muito difícil prever o que vai acontecer com as ações chinesas após o forte tombo na semana, por tratar-se de um mercado bastante “complexo” e “pouco transparente”.
As afirmação foram feitas em entrevista concedida  durante o 7º Congresso de Mercados Financeiros da BM&FBovespa em Campos de Jordão, no interior paulista, na sexta-feira (28).

“O governo chinês tem um grande poder de controlar o mercado, como já tem feito, com a desvalorização do iuan [moeda chinesa]. Então, [o futuro das bolsas chinesas] não é algo que podemos prever baseados somente no comportamento dos investidores”, afirmou o professor.

No início da semana, os principais índices de ações da China despencaram, derrubando os mercados do mundo todo e gerando preocupações sobre uma possível desaceleração da economia do país asiático. Entenda o que está acontecendo com a China.
A Bovespa, principal índice paulista, chegou a cair mais de 6,5% na segunda-feira, mas retomou o fôlego no fim da semana.
Juros maiores nos EUA podem beneficiar exportações
Para o professor, a provável elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, aguardada até o fim deste ano, apesar de prejudicar mercados emergentes como o Brasil devido a uma fuga de recursos dos investidores, por outro lado, pode beneficiar as exportações brasileiras.
O Federal Reserve (banco central norte-americano) anunciou que pode elevar as taxas de juros, mantidas próximas a zero, até o fim deste ano. A mudança era esperada para setembro, mas o órgão disse que isso vai depender "das condições do mercado", de olho na turbulência causada pela China.
Quando isso acontecer, espera-se uma migração de recursos de economias periféricas para os EUA, considerado um dos mercados mais seguros do mundo para se investir.
“Há alguns benefícios, porque se a economia dos EUA é um motor de crescimento global e a alta dos juros indica que ela está melhorando, então haverá maior demanda por produtos manufaturados de países como o Brasil, que terá preços atrativos de seus produtos e poderá vender mais para essas economias”, afirmou Duffie.
Na opinião de Duffy, embora a alta dos juros possa causar volatilidade nos mercados emergentes, ele acredita que a oscilação é positiva para equilibrar o mercado. “Quando as ações começam a subir e descer, os investidores tem mais motivos para negociar. Mais investidores negociando, mais equilíbrio em suas posições. Quando o volume de negócios aumenta, o mercado fica mais competitivo e esse equilíbrio melhora”, diz o professor.
País em recessão
Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,9% no segundo trimestre de 2015 ante os três meses anteriores, e a economia brasileira entrou no que os economistas chamam de "recessão técnica", que acontece quando o PIB encolhe por dois trimestres seguidos. No primeiro trimestre do ano, o PIB caiu 0,7% (dado revisado).





Confira as vagas de emprego do Sine Macapá para o dia 31 de agosto

Número de vagas está disponível de acordo com as empresas cadastradas.
Há vagas para manicure, cabeleireiro, mecânico de automóveis e manicure.

O Serviço Nacional de Empregos no Amapá(Sine/AP) oferece vagas de empregos para Macapá. O número de vagas está disponível de acordo com as empresas cadastradas no Sine e são para todos os níveis de escolaridade e experiência.
Os interessados podem procurar o Sine/AP, localizado na Rua General Rondon, nº 2350, na praça Floriano Peixoto, ou pedir informações pelo telefone: (96) 3212-9161. Toda a rede Super Fácil tem guichês do Sine e neles é possível obter informações sobre vagas em Macapá.
Para se cadastrar e atualizar os dados, o trabalhador deverá apresentar Carteira de Trabalho, RG, CPF e comprovante de residência (atualizado).
Veja o número de vagas de acordo com a solicitação das empresas:
Macapá
• Cabeleireiro - 3 vagas• Instalador de som e acessórios de veículos - 2 vagas• Manicure - 2 vagas• Mecânico de automóveis e caminhões - 1 vaga• Mecânico eletricista de automóvel- 1 vaga• Trabalhador rural - 1 vaga• Vendedor pracista - 9 vagas



Médicos abstêm-se de plantões e governo faz pressão, diz sindicato

Médicos do AP prometem abster-se na escala dos plantões de setembro.
Governo diz que não foi informado sobre decisão dos médicos.

O Sindicato dos Médicos do Amapá (Sindmed) emitiu uma nota de repúdio na qual afirma que os profissionais estão sendo pressionados pelo governo do estado a suspender a abstenção anunciada para a escala dos plantões médicos no mês de setembro. De acordo com o documento, médicos estariam sendo vítimas de assédio moral.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a instituição não foi oficialmente informada sobre a suspensão dos plantões médicos.
A abstenção na escala dos plantões médicos no mês de setembro é resultado de um protesto da categoria, que cobra a contratação de mais profissionais, e a elaboração de um plano de carreira específico, o que seria um atrativo, segundo eles, para médicos especialistas atenderem a Macapá e interior do estado.

Segundo a presidente do Sindmed, Helen Melo, a decisão sobre a suspensão de plantões médicos atinge profissionais da Maternidade Mãe Luzia, em Macapá, e do Hospital Estadual de Santana, no município de mesmo nome. Ela afirma que o governo foi informado sobre a medida.
“Em um dos hospitais, o diretor levou para a Secretaria de Saúde a escala do mês de setembro, mas sem o consentimento dos médicos, que, inclusive, fizeram um documento informando que estariam se abstendo dos plantões. Está havendo essa pressão, para que a categoria descumpra o que foi acordado em assembleia. Mas isso foi avisado para o governo há 30 dias”, afirmou Helen.
Na nota, o sindicato diz que gestores das unidades hospitalares estariam “utilizando-se de sua posição hierárquica para constranger os médicos, obrigando-os a entregar escalas de plantão”.
A presidente diz que a paralisação dos plantões da categoria serve como protesto para o fato de o governo não receber o sindicato para negociações em relação às reivindicações trabalhistas, e por melhores condições de trabalho nas unidades.
Segundo o sindicato, a paralisação inicia na terça-feira, (1º) em diversos setores de saúde, como na UTI neonatal das maternidade de Macapá e Santana, Pronto Atendimento Infantil (PAI), Unacom, clínica médica e cardiologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hcal), na capital.
“A tendência é que a suspensão nos plantões permaneça nos próximos meses, se a secretaria não tomar uma posição. É inaceitável que o governo se negue a dialogar com a categoria, que pede um direito de trabalho”, enfatizou a presidente do Sindmed.

No AP, família de bebê cardiopata faz bingo para auxiliar no tratamento

Intenção é arrecadar dinheiro para ajudar pais e a criança em outro estado.
Governo diz que depende de leito para transferir bebê cardiopata.


A família do bebê Henrique Katriel, de 14 dias de vida, decidiu fazer um bingo para arrecadar dinheiro para ajudar com as despesas dos pais da criança em outro estado, caso o recém-nascido consiga ser transferido para um centro especializado em cardiologia. Diagnosticado com cardiopatia, Katriel precisa viajar para fazer cirurgia no coração. O governo do Amapá diz que aguarda a liberação de um leito para transferir o bebê.
De acordo com o pai, o autônomo Jhon Souto, de 24 anos, a intenção é se precaver em caso de atraso do benefício do Programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD).
"O médico disse que se a gente viajar, a previsão é passar cerca de meses fora [do Amapá]. Então, a gente decidiu promover o bingo com a ajuda da família e amigos para auxiliar no tratamento do meu filho", disse o pai.
O bingo será a partir das 12h de domingo (30), no bairro Novo Horizonte, na Zona Norte de Macapá. As cartelas, segundo o pai, são comercializadas a R$ 5.
Caso
O bebê Henrique Katriel nasceu no dia 15 de agosto. Diagnosticado com cardiopatia, o recém-nascido precisa ser levado com urgência, segundo o pai, para um centro médico especializado em outro estado, por causa do risco de morte. Familiares e amigos dos pais do bebê iniciaram uma campanha nas redes sociais e fizeram um ato para chamar a atenção do governo para a causa.
A Secretaria de Estado da Saúde informou na terça-feira (25) que a viagem estava marcada para a manhã de quinta-feira (27) com a cirurgia agendada para a tarde do mesmo dia. O deslocamento não no entanto,ocorreu.A transferência do bebê amapaense para cirurgia e tratamento cardíaco em outro estado não tem previsão para acontecer, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, que apontou falta de leitos disponíveis para o bebê como a principal causa da suspensão da viagem a Recife, que aconteceria na quinta-feira.


Berlim desiste de devolver sírios para países de entrada na União Europeia

Angela Merkel pede distribuição mais justa do acolhimento de refugiados.
Em sete meses, 340 mil imigrantes chegaram às fronteiras europeias.



A Alemanha confirmou ter suspendido a devolução de solicitantes de asilo ao seu primeiro porto de entrada na União Europeia, um "ato de solidariedade" elogiado pela Comissão, enquanto milhares de migrantes continuam a chegar na fronteira húngara.A decisão alemã, anunciada nesta terça-feira (25), mas que tem sido aplicada silenciosamente há tempos, "é o único caso que conhecemos entre os Estados-membros", declarou a porta-voz da Comissão Europeia, Natasha Bertauds.
"Para a Comissão Europeia é um reconhecimento do fato de que não podemos deixar os Estados-membros, situados nas fronteiras externas, sozinhos frente a um grande número de solicitantes de asilo que buscam refúgio na Europa", continuou Bertaud.
"A Europa está em uma situação que não é digna da Europa, precisamos deixar isso claro", declarou, por sua vez, a chanceler alemã, Angela Merkel, pedindo, durante um "diálogo com os cidadãos", uma distribuição mais justa do acolhimento de refugiados na União Europeia.
Após a passagem recorde de 2.100 pessoas na Hungria apenas na segunda-feira, centenas de refugiados continuavam a chegar nesta terça à fronteira sérvio-húngara, poucos dias antes da esperada conclusão, em 31 de agosto, da construção de uma cerca de metal que deve fechar este acesso à UE.
Esses migrantes, que usam a "rota dos Bálcãs", cruzaram a fronteira perto do vilarejo húngaro de Röszke, uma das únicas partes da fronteira com a Sérvia que ainda não está fechada.
Sua jornada foi bloqueada na semana passada quando a Macedônia fechou sua fronteira por três dias, empurrando os migrantes a golpes de cassetetes.
"Ficamos bloqueados na Macedônia por dois dias. Os confrontos eram terríveis, a polícia recorreu às armas e ao gás lacrimogêneo", afirmou um engenheiro iraquiano de 29 anos que fugiu da cidade de Mossul para escapar dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
'Esgotados e traumatizados'
No norte da Sérvia, mais de vinte micro-ônibus cheios de refugiados chegaram à noite em Subotica, antes de continuar sua viagem a pé para a Hungria, de acordo com um correspondente da AFP no local.
No sul do país, o centro de acolhimento de Presevo registrou a chegada de cerca de mil pessoas ao meio-dia, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que já havia registrado mais de 700 na parte da manhã.
E de 600 a 700 migrantes esperavam para poder passar da Grécia para a Macedônia.
Apesar de estar sendo poupada desta crise migratória, a Bulgária anunciou ter enviado militares para reforçar seus quatro postos de fronteira com a Macedônia.
E a Áustria decidiu implantar 500 soldados para ajudar as autoridades a gerir o grande fluxo de migrantes provenientes da Hungria e da Itália, anunciou nesta terça-feira o ministro da Defesa da Áustria.
Em Genebra, a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming, indicou que "a situação se acalmou após o caos da semana passada" na fronteira greco-macedônia, mas disse esperar que o número de migrantes passe de 1.500 a 3 mil por dia neste setor.
Segundo ela, "muitos vêm de países afetados pela violência e o conflito, como a Síria e o Afeganistão" e chegam "esgotados, traumatizados".
Entre janeiro e junho, cerca de 102 mil migrantes entraram na UE pela Macedônia, Sérvia, Bósnia e Herzegovina, Albânia, Montenegro e Kosovo, contra 8 mil no mesmo período do ano passado, de acordo com o agência Frontex, responsável pelas fronteiras externas do espaço Schengen.
Plano de ação
No total, de acordo com a Frontex, nos primeiros sete meses do ano, o número de migrantes nas fronteiras da UE atingiu 340 mil contra 123.500 no mesmo período de 2014.
Apenas na última semana, cerca de 5.300 pessoas, provenientes principalmente da África Subsaariana, foram resgatadas no Mediterrâneo como parte das dezenas de operações de resgate realizadas pela Marinha italiana ou a missão europeia Triton.
Confrontado com esta crise excepcional, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, defenderam na segunda-feira uma resposta "unificada" da UE à crise.
Na cúpula de países dos Bálcãs Ocidentais programada para a quinta-feira em Viena, a Áustria deve propor um plano de ação em cinco pontos, que prevê intensificar a luta contra as redes de traficantes, uma distribuição "mais justa" dos refugiados entre os países da UE, uma cooperação de segurança reforçada, a assistência aos países de origem dos migrantes e "uma estratégia de asilo em nível europeu".
Mas o relator especial da ONU sobre os direitos dos migrantes, François Crépeau, considerou que a UE deve desenvolver uma política de acolhimento dos migrantes "coerente e global", respeitando os direitos humanos.
"A construção de barreiras, o uso de gás lacrimogêneo e outras formas de violência contra os migrantes e outros requerentes de asilo, a detenção (...) não impede que os migrantes entrem ou tentem chegar à Europa", disse ele.



O que há por trás da crise de imigrantes na Europa?

Entenda motivos e implicações do aumento do número de pessoas chegando ao continente fugindo da pobreza e de guerras civis.


De acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 2,5 mil imigrantes se afogaram no mar Mediterrâneo neste ano vítimas dos muitos barcos superlotados que tentam chegar à costa da Itália e da Grécia.
O fluxo de pessoas desesperadas que parte da Síria e do norte da África na tentativa de alcançar a Europa já é muito maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Números recentes mostram que milhares de pessoas estão usando uma rota perigosa através dos Bálcãs para chegar à Alemanha e a outros países do norte da União Europeia (UE).
Na última semana, novas tragédias voltaram a expor ao mundo a gravidade do problema.
Confira algumas questões-chave para entender a crise:
Quantas pessoas estão migrando?
Mais de 300 mil imigrantes já arriscaram suas vidas tentando atravessar o Mediterrâneo neste ano, segundo as Nações Unidas. Em todo o ano passado, foram 219 mil pessoas.
Cerca de 200 mil pessoas desembarcaram na Grécia desde janeiro, enquanto outras 110 mil chegaram à Itália.
A maioria dos que chegam às terras gregas optam pela viagem relativamente curta entre a Turquia e as ilhas de Kos, Chios, Lesvos e Samos – em frágeis botes de borracha ou em pequenos barcos de madeira.
A viagem entre a Líbia e a Itália é mais longa e arriscada.
Veja, a seguir, algumas das piores tragédias já ocorridas neste ano:
Dois barcos com cerca de 500 imigrantes afundaram após deixar Zuwara, na Líbia, em 27 de agosto.

Corpos de ao menos 71 pessoas, que podem ser imigrantes sírios, foram descobertos em um caminhão abandonado na Áustria, também em 27 de agosto

Naufrágio nos arredores da ilha de Lampedusa, na Itália,matou cerca de 800 pessoas em 19 de abril.
Ao menos 300 imigrantes se afogaram ao tentar atravessar as águas agitadas do Mediterrâneo em fevereiro

Sobreviventes frequentemente relatam violência e abusos cometidos por traficantes de pessoas. Muitos imigrantes pagam milhares de dólares aos criminosos, e também é comum que sejam alvos de roubos.
O caos na Líbia têm deixado os traficantes de pessoas livres para explorar os imigrantes.
A Frontex, agência que controla as fronteiras externas da União Europeia, monitora as diferentes rotas usadas por imigrantes e como essas pessoas chegam aos limites do continente.
Segundo o órgão, cerca de 340 mil foram detectados nas fronteiras desde o começo do ano. No mesmo período do ano passado, foram 123,5 mil.

De onde eles vêm?
O maior grupo de imigrantes é de sírios, que fogem da violenta guerra civil em curso no país.
Afegãos e eritreus vêm em seguida, geralmente tentando escapar da pobreza e de violações aos direitos humanos.
Os grupos originários da Nigéria e do Kosovo também são grandes – pobres e marginalizados integrantes do povo romà (cigano) são boa parte dos imigrantes vindos do último país.
Na Itália, pessoas que chegam da Eritreia formam o maior grupo, seguidas por aquelas que vêm da Nigéria.
Na Grécia, porém, os sírios formam a maior população, seguidos pelos afegãos.

Para onde eles vão depois?
País da União Europeia que mais recebe pedidos de asilo, a Alemanha espera a chegada de cerca de 800 mil refugiados neste ano.
Rastreamentos recentes mostram milhares de pessoas tentando alcançar a Alemanha e outros países da UE por meio da Grécia e pelo oeste dos Bálcãs.
Espera-se que cerca de 3 mil pessoas atravessem a Macedônia todos os dias nos próximos meses, segundo a ONU.
Muitos então chegam à Sérvia, que diz já ter registrado a presença de 90 mil imigrantes neste ano. Eles seguem para a Hungria e outros países signatários Tratado de Schengen, entre os quais é mais fácil cruzar fronteiras sem ter de mostrar um passaporte ou outro documento.
Só em julho, 34 mil pessoas foram detectadas tentando atravessar a fronteira entre a Sérvia e a Hungria.
Diante desse fluxo, a Hungria está construindo uma barreira de 175 km para impedir a entrada de imigrantes. E instou seus parceiros de União Europeia a não enviarem de volta os migrantes que chegam por meio de seu território.
A Convenção de Dublin, princípio central para lidar com pedidos de asilo na União Europeia, diz que a responsabilidade de examinar uma solicitação é do primeiro país do bloco em que a pessoa em questão pisou.
Outros países enfrentam problemas com o aumento da chegada de imigrantes. A Áustria, por exemplo, espera receber 80 mil pedidos de asilo neste ano.
Enquanto isso, milhares estão acampados no entorno de Calais, no norte da França. Muitos deles arriscam suas vidas tentando atravessar o canal da Mancha clandestinamente em direção ao Reino Unido.
O que os políticos estão fazendo?
A Frontex tem respondido pela maioria das operações de resgate. Depois de muita discussão, em abril os líderes da União Europeia concordaram em triplicar o financiamento da operação Triton para cerca de 120 milhões de euros (cerca de R$ 480 mil)
No entanto, a Frontex afirmou neste mês que não recebeu a ajuda prometida pelos países-membros da UE para socorrer a Grécia e a Hungria.
No ano passado, a Itália pôs fim à sua missão de procura e resgate, chamada Mare Nostrum (do latim “Nosso Mar”) após alguns países do bloco – incluindo o Reino Unido – afirmarem não ter como mantê-la financeiramente. Essa decisão foi duramente criticada por grupos de direitos humanos.
Em abril, líderes da União Europeia prometeram reforçar a patrulha marítima no Mediterrâneo, desbaratar as redes de tráfico de pessoas e tomar e destruir barcos antes que imigrantes embarquem neles. Qualquer tipo de ação militar tem de respeitar a legislação internacional.
Ainda há várias questões sobre como os imigrantes irão chegar à Europa e como a UE irá lidar com o problema.
O bloco tentou, sem sucesso, persuadir seus países-membros a aceitar um sistema de cotas que estipulava aceitar 40 mil sírios e eritreus no decorrer dos próximos dois anos.
No fim, concordaram em receber 32,5 mil, mas de forma voluntária.
Outros 20 mil que estão nos campos da ACNUR, agência da ONU para refugiados, também seriam transferidos para a União Europeia, mas os detalhes ainda não foram decididos.
Os países da UE estão fazendo uma divisão justa?
Há anos a União Europeia tem tentado acordar uma política de asilo. Algo difícil quando se tem 28 Estados-membros, cada um com suas forças policiais e judiciárias.
Defender os direitos dos imigrantes pobres está difícil em um ambiente econômico sombrio. Muitos europeus estão desempregados e temem a concorrência com os trabalhadores estrangeiros, e os países da União Europeia não se entendem sobre como dividir o problema dos refugiados.
As regras conjuntas mais detalhadas foram estabelecidas no Sistema Europeu Comum de Asilo (CEAS, na sigla em inglês) – mas ter regras é uma coisa, colocá-las em prática em toda a União Europeia é um outro desafio.
Há tensões dentro da União Europeia por causa da Convenção de Dublin – a Grécia reclama ter sido inundada com pedidos de asilo, já que muitos imigrantes chegam primeiro lá.
A Alemanha anunciou a suspensão da regra e decidiu analisar a maioria dos pedidos de asilos de sírios, independentemente de como eles entraram na Europa.A Finlândia também está entre os países que pararam de enviar imigrantes de volta para a Grécia.
O número de pedidos na União Europeia chegou a 626 mil em 2014, ante 435 mil em 2013, segundo a Comissão Europeia – órgão responsável pelas execuções do Parlamento Europeu e do Conselho da UE.
A Alemanha concedeu a maioria, seguida por Suécia e Itália.
Como os imigrantes obtêm asilo na União Europeia?
Eles devem provar às autoridades que são alvo de perseguição e poderiam ser feridos ou até mesmo mortos se devolvidos para seu país de origem.
De acordo com as regras da União Europeia, pessoas em busca de asilo têm direito a alimentação, a primeiros socorros e a serem abrigadas em um centro de recepção. Também deve ter suas necessidades avaliadas individualmente.
As autoridades podem conceder o asilo em primeira instância. Se isso não ocorre, o solicitante pode apelar contra a decisão na Justiça, com chances de ganhar.
A pessoa em busca de asilo deve receber o direito de trabalhar em até nove meses após sua chegada.



Três motivos para o criador do Facebook rir à toa – e um para se preocupar

No último mês, Mark Zuckerberg anunciou que sua empresa atingiu marcas importantes, mas os investidores responderam com um sinal de alerta.

Em 2004, um universitário americano de 20 anos, ainda desconhecido do público, foi chamado para participar de uma entrevista em uma grande emissora dos Estados Unidos para explicar um site que havia lançado alguns meses antes.

"O que é o Facebook exatamente?", perguntou uma jornalista a ele.
Hoje, pouco mais de uma década depois, esta pergunta não faz mais qualquer sentido - assim como chamar Mark Zuckerberg de um universitário desconhecido.
Neste período, o Facebook se tornou a rede social mais popular do planeta, presente em centenas de países, e um dos sites mais acessados na internet como um todo.
A empresa não só cresceu por conta própria como também comprou outras menores, como o serviço de mensagens WhatsApp e a rede social Instagram, e tornou-se uma corporação bilionária.
Mark Zuckerberg tornou-se um empreendedor bilionário de sucesso, o equivalente ao Bill Gates ou Steve Jobs de sua geração, e uma das vozes mais influentes do mundo.
Este feito bastaria para que ele tivesse um sorriso estampado em seu rosto todos os dias, mas, no último mês, o Facebook atingiu marcos importantes na sua autodeclarada missão de “conectar o mundo”.
No entanto, mesmo diante destas boas novas, as ações da companhia perderam valor, um sinal de alerta enviado por analistas de mercado e investidores.
Veja a seguir três motivos pelos quais Zuckerberg está rindo à toa e um para se preocupar:
Metade dos internautas do mundo usam o Facebook todo mês
Em julho, a rede social anunciou que o número de pessoas que a usa pelo menos uma vez por mês cresceu 13% de abril a junho, para 1,49 bilhão de pessoas.
Isso equivale a metade dos 3 bilhões de internautas estimados em todo o mundo.
Junto a este aumento no número de usuários mensais veio um crescimento da receita de 39% neste trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 4,04 (R$ 14,2 bilhões).
Uma em cada sete pessoas do planeta acessaram o Facebook em apenas um dia
Na última segunda-feira, o Facebook atingiu um outro marco importante: pela primeira vez, 1 bilhão de pessoas o acessaram em um único dia.
Na prática, isso significa que uma em cada sete habitantes do planeta entrou no site num período de 24 horas.
Este número dá uma noção do crescimento acelerado do Facebook nos últimos anos, pois há pouco tempo, em 2012, a empresa celebrava a marca de 1 bilhão de usuários por mês.
Isso pode ser só o começo
Ao anunciar a marca de 1 bilhão de usuários em um só dia, Zuckerberg disse: "Este é só o começo (de nossa missão) de conectar o mundo".
O repórter de tecnologia Dave Lee, da BBC News, concorda com ele.
"É claro que, nos Estados Unidos e na Europa, está quase atingindo seu limite de crescimento, mas há muitos lugares onde ainda pode crescer, como África, a maioria da Ásia e parte da América Latina", escreve Lee em um artigo recente.
"Muito em breve, ter 1 bilhão de pessoas usando o Facebook em um dia não será algo extraordinário. Vamos olhar para este dia e rir de como insignificante este marco terá se tornado.
Mas este crescimento tem um preço
Pouco depois do anúncio dos resultados financeiros do último trimestre, quando a empresa anunciou que metade dos internautas do mundo o usam todo mês, as ações da empresa caíram 5%.
A queda em si não é expressiva, mas, segundo analistas, sinaliza uma preocupação do mercado com a estratégia da empresa.
O Facebook informou que seus gastos no último trimestre aumentaram 82%, para US$ 2,8 bilhões, o que fez seu lucro cair 9%, um sinal de que o aumento de sua receita não está acompanhando o ritmo de crescimento dos gastos.
Segundo Zuckerberg, isto reflete os "investimentos e melhorias" promovidos pela rede social, como um novo data center aberto para evitar que o site fique fora do ar e novas formas das pessoas se conectarem a ele.
Mas ficou claro que a forte expansão do Facebook tem um alto preço, e isso deixa seus investidores ligeiramente preocupados em relação ao futuro da empresa.

Milhares de manifestantes voltam a protestar no Líbano

Manifestantes reclamam da incompetência dos líderes políticos.
Na semana passada, protestos terminaram em violência.


Milhares de manifestantes agitando bandeiras libanesas se reuniam em Beirute no sábado (29) para uma grande marcha contra líderes políticos que eles classificam como incompetentes e corruptos.
Protestos semelhantes atraíram milhares para as ruas antes de se tornarem violentos último fim de semana. O primeiro-ministro Tammam Salam ameaçou renunciar, um movimento que poderia levar o país a aprofundar a turbulência política.Os manifestantes, incluindo famílias e pessoas de todas as idades, caminhavam, tocavam música e cantavam enquanto iam rumo à praça Martyrs. As forças de segurança instalaram barricadas adicionais e arame farpado.
A campanha "Você fede" foi mobilizada de forma independente dos grandes partidos sectários que dominam a política do Líbano depois que o governo não conseguiu resolver uma crise na coleta do lixo, deixando pilhas de lixo apodrecendo no sol do verão.
Para os manifestantes, os montes de lixo refletem as falhas de um estado que eles dizem ser podre de corrupção.
A Anistia Internacional disse no sábado que o Líbano deve investigar as alegações de que o pessoal de segurança usou força excessiva para dispersar manifestantes em Beirute na semana passada, pedindo moderação à frente do novo protesto.Organizadores do protesto culparam a violência da semana passada a "infiltrados" ligados a movimentos políticos. As forças de segurança na semana passada dispararam canhões de água e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, alguns dos quais jogaram pedras e paus contra a polícia.



Avião militar cai no norte da Nigéria, deixando sete mortos

Aeronave caiu sobre uma casa pouco após decolar da base militar.
Investigação foi iniciada para encontrar a causa do acidente.


Um avião da Força Aérea Nigeriana caiu sobre uma casa na cidade de Kaduna, norte do país, neste sábado (29), matando todas as sete pessoas a bordo, disse um porta-voz militar.
A força aérea informou que a aeronave caiu sobre uma casa pouco após decolar da base militar de Kaduna. Ninguém em terra ficou ferido.
"O avião estava em voo rotineiro para Abuja quando caiu nas imediações do quartel, matando os quatro membros da equipe e três passageiros civis", disse o porta-voz militar Coronel Abdul Usman.
Uma investigação foi iniciada para encontrar a causa do acidente.

Suspeitos vão à justiça por causa de caminhão com migrantes mortos

Quatro homens compareceram em tribunal húngaro.
Áustria já anunciou que tentará obter a extradição do grupo.

Quatro homens compareceram neste sábado (29) ante a justiça húngara por seu suposto envolvimento no drama dos 71 migrantes encontrados mortos na quinta-feira (27) em um caminhão abandonado em uma estrada no leste da Áustria.
Os suspeitos, três búlgaros - o proprietário do caminhão, de origem libanesa, e dois motoristas - além de um afegão, suspeitos de serem "os executores (...) de uma rede búlgaro-húngara de tráfico de seres humanos", apresentaram-se no final da manhã em um tribunal de Kecskemet, cidade localizada a meio caminho entre Budapeste e a fronteira com a Sérvia.
A promotoria pediu que os quatro - dois dos quais com cerca de 30 anos, e os dois outros com 50 - sejam mantidos em prisão provisória, em razão da "natureza do crime" que são acusados.
A Áustria já anunciou que tentará obter a extradição do grupo.
A polícia austríaca indicou na sexta-feira que os 71 migrantes - 59 homens, oito mulheres e quatro crianças - eram, provavelmente, refugiados sírios.
As autoridades ainda não sabem a hora e a causa das mortes, mas disseram que eles podem ter morrido por asfixia.
De acordo com o jornal austríaco Oesterreich, as vítimas estavam trancadas em um espaço de 15 metros quadrados, sem ventilação, e podem ter falecido em apenas uma hora.
Respostas globais
'"Peço a todos os governos envolvidos a dar respostas globais, desenvolver canais legais e seguros de migração e a agir com humanidade, compaixão e respeito por suas obrigações internacionais", exortou neste sábado o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Ele ressaltou estar "horrorizado" com a "tragédia humana" da Áustria. "Temos de fazer mais" para resolver a crise da migração no Mediterrâneo e na Europa, disse Ban, que anunciou uma reunião sobre esta questão, à margem da Assembleia Geral da ONU, no final de setembro.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores austríaco Werner Faymann falou por telefone com o presidente francês, François Hollande, e ambos os líderes expressaram sua determinação em "combater fortemente" as redes de tráfico de seres humanos, de acordo com um comunicado da presidência francesa.
Eles também defenderam uma rápida implementação das decisões tomadas pelo Conselho Europeu, incluindo a abertura dos "abrigos necessários na Itália e na Grécia" e a distribuição "equitativa" dos requerentes de asilo entre os países da União Europeia.
Suíça, Alemanha e Itália vão lançar em setembro uma unidade de intervenção conjunta para detectar e desmantelar as redes de traficantes que trazem os migrantes para a Europa, indicaram as autoridades suíças.
Neste sábado de manhã, grupos de dezenas de pessoas continuavam a atravessar a fronteira entre a Grécia e a Macedônia, segundo um jornalista da AFP.
"São cerca de 1.500 por dia", de acordo com Stella Nanou, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), que evoca um fluxo contínuo.
Naufrágio na Líbia
A descoberta macabra na Áustria é um dos últimos episódios da crise migratória na qual milhares de pessoas morreram nos últimos meses, às vezes famílias inteiras, fugindo de guerras ou pobreza e que depositam as suas esperanças nas mãos de traficantes inescrupulosos.
Na quarta-feira, um navio que transportava cerca de 400 migrantes da África para a Itália naufragou ao largo da costa da Líbia, fazendo ao menos 111 mortos e dezenas de desaparecidos, segundo um último relatório do Crescente Vermelho, que informou do resgate de 198 pessoas.
Um sobrevivente do naufrágio, o paquistanês Shefaz Hamza, de 17 anos, passou nove horas agarrado a um pedaço de madeira, esperando as equipes de resgate. Sua mãe e irmã mais nova morreram afogadas diante de seus olhos.
Encolhido com seu irmão em uma delegacia perto da cidade líbia de Zuara, Hamza disse à AFP como o barco começou a afundar meia hora depois de sair e antes de se desintegrar.
"Vi meu irmão afastar um homem com um pontapé porque ele estava tentando tirar seu colete salva-vidas. Quanto à minha irmã mais nova, a última vez que a vi, uma pessoa tentava agarrar-se a seus ombros, empurrando-a para baixo, antes de desaparecer sob a água", relatou emocionado.
Mais de 300 mil imigrantes cruzaram o Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2.500 pessoas morreram em suas águas, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.